Nísia
Precursora do feminismo brasileiro, educadora, escritora e poetisa, Dionísia
Pinto Lisboa, que adotou o pseudônimo de Nísia Floresta Brasileira Augusta,
nasceu no dia 12 de outubro de 1809, em Papari, hoje município de Nísia
Floresta, no Rio Grande do Norte, filha de Dionísio Pinto Lisboa e Antônia
Clara Filha.
Casou-se aos
14 anos, contra sua vontade, com Manuel Alexandre Seabra de Melo, mas
abandonou-o em 1824, seguindo seus pais que se mudaram para Pernambuco, devido
à perseguições políticas existentes no Rio Grande do Norte.
Morou em
Goiana, no Recife e em Olinda, onde conheceu seu segundo marido, o bacharel em
Direito Manuel Augusto de Faria Rocha, com quem teve duas filhas e de quem
ficou viúva aos 23 anos de idade.
Fundou
colégios para meninas no Recife, em Porto Alegre e no Rio de Janeiro. No
colégio Brasil, que fundou no Rio de Janeiro, era a professora de quase todas
as disciplinas.
Além das
suas atividades como educadora, colaborou também com vários órgãos da imprensa
como o Jornal do Brasil, Correio Mercantil, Diário do Rio de Janeiro e Brasil
Ilustrado.
Foi um
ferrenha lutadora pelos direitos da mulher, do índio e do escravo. Seu tema
essencial, no entanto, foi sempre a educação da mulher e sua participação na
sociedade.
Buscando
novos horizontes fez várias viagens à Europa, onde morou por cerca de 28 anos e
onde conheceu e conviveu com grandes escritores e intelectuais, como Almeida
Garret, Alexandre Herculano, Alexandre Dumas (pai), Victor Hugo e Auguste
Comte, de quem foi amiga e grande admiradora.
Esteve em
Portugal, na Alemanha, na Grécia, na Inglaterra, morou durante três anos na
Itália (Roma e Florença) e terminou radicando-se na França.
Aos 22 anos
publicou o livro Direitos das mulheres e injustiça dos homens, cuja primeira
edição saiu no Recife, em 1832. Escreveu ainda, Conselhos à minha filha (1842),
Pensamentos(1845), Daciz ou a jovem completa (1847), A lágrima de um caeté
(1849), Opúsculo humanitário (1855), Itineraire d´um voyage em Allemagne
(1857), Scientille d`uma anima brasiliana(1859), Trois années em Italie(1861) e
Abismos sobre flores(1864).
Nísia
Floresta morreu em Rouen, na França, no dia 24 de abril de 1885. Seus restos
mortais só foram trasladados para o Rio Grande do Norte, em 1954. Encontram-se
hoje no mausoléu que foi erguido em sua homenagem, na cidade onde nasceu e que
tem o seu nome.
FONTES
CONSULTADAS:
BRITO,
Fernanda. Nísia Floresta. In: MULHERES do Brasil.: pensamento e ação. Fortaleza:
Ed. Henriqueta Galeno, 1971. v.1, p.102-114 .
LIMA,
Diógenes da Cunha. Nísia Floresta, a brasileira Augusta (1809-1885). In: _____.
Natal: biografia de uma cidade. Rio de Janeiro: Lidador, 1999. p.228-229.
COMO CITAR
ESTE TEXTO:
Fonte: GASPAR, Lúcia. Nísia Floresta. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível
em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em: dia mês
FONTE –
FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO
Nenhum comentário:
Postar um comentário